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OPINIÃO: Que Jornal da Gazeta é esse?!

  Atenção! A V&M acaba de criar o bordão: "Que 'Jornal da Gazeta' é esse?!". E só está assistindo à TV Gazeta por caus...

quinta-feira, 3 de outubro de 2024

OPINIÃO: Que Jornal da Gazeta é esse?!

 

Atenção! A V&M acaba de criar o bordão: "Que 'Jornal da Gazeta' é esse?!". E só está assistindo à TV Gazeta por causa do principal telejornal e porque admira o trabalho do Laerte Vieira e da Luciana Magalhães; até nos intervalos comerciais o canal está deixando a desejar. Tanto que durante o período de horário eleitoral gratuito do primeiro turno das eleições municipais de 2024, as inserções eleitorais foram substituídas por comerciais institucionais da emissora ou de empresas da Fundação Cásper Líbero.


Para termos a noção do que aconteceu, vamos voltar no tempo, exatamente quando a TV Gazeta reformulou o departamento de jornalismo, em novembro de 2018. O canal pertence a uma empresa de mídia que há muitos e muitos anos fincou alicerces no principal cartão-postal da maior cidade do nosso país. É a Fundação Cásper Líbero. Foi só a equipe de jornalismo da emissora ser reformulada para que Luciana Magalhães, até então na edição das 22h00 do "Jornal da Gazeta", que foi extinta por contenção de gastos, fosse efetivada na apresentação da edição principal, veiculada às 19h00. Pois é, e quando ela tirava folga ou saía de férias, obrigatoriamente era substituída pela moça do tempo, que na época era Tássia Sena. Aí os telespectadores eram obrigados a dar um tempo no telejornal em razão da ausência da única titular.


Em 2019, Laerte Vieira se juntou a Luciana na bancada do "JG". Se dizem por aí que "um jornalista se forma na redação", logo podemos afirmar que um radialista se forma no estúdio de telejornal. Pois bem, Laerte é voz-padrão da rádio CBN há muitos anos, e o salário que ganha na TV Gazeta não é o suficiente, então ele complementa a renda com esse trabalho adicional. Com a chegada dele, a Gazeta decidiu que os dois titulares não poderiam folgar e/ou tirar férias ao mesmo tempo, já que naquele ano a previsão do tempo, já com Fernanda Azevedo como titular, ainda não era apresentada ao vivo; enquanto um fazia isso, o outro apresentava o telejornal sozinho.


O hábito de assistir a telejornais no horário nobre existe desde o surgimento da televisão brasileira, adotado por pessoas que voltavam do trabalho de tardezinha para chegar em casa e relaxar acompanhando as últimas notícias do Brasil e do mundo pela "rainha do lar". Foi em 2020 que o "JG" estreou nova vinheta e novos grafismos, mas o cenário é o mesmo, com a Avenida Paulista ao fundo enquanto os âncoras estão na bancada, e a previsão do tempo passou a ser apresentada ao vivo. Até que um belo dia, veio a pandemia de COVID-19, e a TV Gazeta tomou todos os cuidados possíveis para evitar a contaminação no ambiente de trabalho. Laerte e Luciana não se importaram com o acontecimento que marcou aquele ano e seguiram na bancada, por sua conta em risco, diante de uma doença com milhões de casos e centenas de milhares de mortes.


Quando chegou 2021, Bruno Covas faleceu e Ricardo Nunes assumiu a prefeitura de São Paulo. Ao mesmo tempo, os profissionais do jornalismo da TV Gazeta tomaram a vacina contra a COVID-19, inclusive Laerte e Luciana. O canal exibia nos intervalos do "JG" comerciais de marcas conhecidas do mercado publicitário. No ano anterior, foram ao ar inserções de candidatos a prefeito e vereador nas eleições municipais, que excepcionalmente ocorreram em 15 e 29 de novembro em razão da pandemia, mas ainda assim o especial "Hora do Voto" foi exibido em duas edições. Os intervalos também eram marcados por vários institucionais; em 2019, por exemplo, Luciana estrelou uma série de informativos sobre dicas de como aproveitar o inverno, intitulada "Temperatura mínima, cuidado máximo".


Logo então, chegou 2022. Durante o segundo turno das eleições gerais daquele ano Luciana pegou COVID-19. A TV Gazeta já tinha preparado uma substituta caso ela viesse a falecer, pois não fazia mais sentido Laerte apresentar sozinho o "JG" (faltando cinco dias, faleceu a jornalista Susana Naspolini). Os telespectadores, então, ficaram divididos entre Luciana e Fernanda. Se Luciana se recuperasse, Fernanda a substituiria somente em caso de folga e/ou férias da titular. Para alegria dos seus seguidores, no dia da eleição Luciana se recuperou, mas não adiantava nada cantar vitória antes da hora.


Em 2023, não demorou para a programação matutina da TV Gazeta ser extinta, mas que poderia continuar. Se ela entrou no ar inicialmente para fazer jus à alcunha de "mais paulista das emissoras", não havia a mínima razão para ela alugar a faixa horária para a Igreja Universal, quebrando assim o respeito para com o telespectador, independentemente de idade e classe social. Pelo "JG", Liliane Ventura, que era comentarista de política, teve que se afastar para concorrer ao cargo de deputada federal nas eleições gerais do ano anterior. Não foi eleita, mas como a condição para retornar à Gazeta era ganhar um salário reduzido devido à situação pela qual está passando, nunca mais voltou.


Depois, veio 2024 e a situação financeira da TV Gazeta continua insustentável, com boa parte das 24 horas alugada para a Igreja Universal, além dos finais de semana preenchidos com o "Gazeta Shopping". Seus contratados estão ganhando menos devido à contenção de gastos e alguns estão trabalhando em outros empregos. No primeiro semestre exibiu nos intervalos do "JG" propagandas partidárias para cumprir com a Lei dos Partidos Políticos, atualizada em 2022. No dia 30 de agosto teve início o horário eleitoral gratuito do primeiro turno das eleições municipais, cujo período chega ao fim hoje, mas a atualização na lei nº 9504/1997 aboliu a exibição obrigatória de inserções eleitorais nos intervalos das transmissões de emissoras de TV pela internet. Por isso, a Gazeta, diante da situação pela qual está passando, abriu mão de exibir tais propagandas e no lugar exibiu nos intervalos do "JG" comerciais institucionais do canal ou de empresas da FCL, que neste ano completou 80 anos.


O "JG", do analógico ao digital, viveu cada etapa dos avanços tecnológicos desde a estreia, em 1970. Mesmo sem inserções eleitorais nos intervalos comerciais, a TV Gazeta se comprometeu a exibir o especial "Hora do Voto" neste domingo (6), às 17h00, com a apuração em tempo real. Mas só tem um problema: Luciana, que deveria ter voltado na última segunda (30), ainda está de folga, e quem está dividindo a bancada com o Laerte é a Fernanda. Muitos seguidores pensaram que pela primeira vez ela vai boicotar na cobertura eleitoral, abrindo espaço para a âncora eventual.


Em julho o canal do "JG" no YouTube atingiu a marca de 900 mil inscritos e o crescimento foi lento, até que chegou o dia do debate com os candidatos a prefeito de São Paulo, que a TV Gazeta realizou em parceria com o canal MyNews, no qual participaram Ricardo Nunes, Pablo Marçal, Tabata Amaral, José Luiz Datena e Guilherme Boulos e foi mediado pela comentarista de economia e entrevistadora Denise Campos de Toledo. Após o debate, o canal saltou de 914 mil para 970 mil inscritos. Faltam apenas três dias para o primeiro turno das eleições e o crescimento voltou a ficar lento. E por que parte dos inscritos cancelou a inscrição, alegando não gostar nem do Laerte, nem da Luciana? Uma palavra de nove letras e quatro sílabas resume por si só seu encaminhamento rumo ao impedimento de participar de chats no canal do telejornal: PALHAÇADA. (Até a publicação deste post o canal contava com 979 mil inscritos; portanto, faltam 21 mil para atingir a marca de 1 milhão.)


É de dar pena. Como pode a mais paulista das emissoras anunciar que vai exibir a cobertura completa da apuração do primeiro turno das eleições municipais de 2024, mesmo tendo exibido comerciais institucionais em vez de inserções eleitorais nos intervalos do "JG" (diferentemente das eleições municipais anteriores, em 2020), diante da situação atual pela qual está passando, o que inclui também o aluguel de horários para a Igreja Universal, que a levou a optar pela quantidade do que pela qualidade do salário de seus contratados. Denise Campos de Toledo avisou à V&M no post de Dia dos Namorados (que recomendamos dar uma olhada) para parar de postar notícias falsas sobre o relacionamento de Laerte, já que ele é casado há muito tempo (mesmo sem usar aliança). Este conselho vale para todos que estão relacionados a ele e à Luciana e que não vivem sem eles. E afinal, que "Jornal da Gazeta" é esse?! Ora... é o PRINCIPAL TELEJORNAL DA TV GAZETA!
 
#PorUmaTVGazetaMelhor 

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